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Versões e alguns Sistemas Operacionais baseados no Unix

6 e 7

A versão que se tornou padrão no mundo acadêmico foi a 6, e poucos anos depois foi substituída pela 7. Toda uma geração de estudantes foi formada neste sistema o que contribuiu para sua divulgação fora do círculo acadêmico. Já em meados dos anos 80, o Unix era amplamente utilizado tanto em minicomputadores como nas estações de trabalho de várias empresas.
O primeiro sistema Unix implantado numa máquina diferente do PDP-11 rodou no minicomputador Interdata 8/32. Isto revelou que o Unix mantinha uma série de compromissos com a máquina hospedeira, entre eles considerar que todos os números inteiros eram de 16 bits, que todos os ponteiros eram de 16 bits também, e que a máquina possuía três registradores disponíveis para armazenamento temporário, isto caracterizava o UNix no PDP-11, e nenhuma delas era válidas no Interdata.
Um outro problema que apesar do compilador C ser muito eficiente e rápido, ele só gerava código objeto para o PDP-11. Ao invés de escrever um compilador para cada máquina específica, Steve Johnson do Bell Labs projetou e implementou um compilador C portátil, que pode ser customizado para gerar código objeto para qualquer máquina. Por diversos anos, quase todos os compiladores C eram baseados naquele projetado por Johnson, o que facilitou a difusão do Unix e seu emprego em novas arquiteturas.

BSD

Uma das primeiras universidades a adquirir o Unix versão 6 foi a University of California at Berkeley, com o código fonte disponível. Sendo assim o pessoal de Berkeley, foi capaz de analisar e modificar o sistema, chegando a produzir o 1BSD( First Berkeley Software Distribution), com o apoio do DARPA, Defense Advanced Research Projects Agency, esta versão e suas subsequentes( 2BSD, 3BSD, 4BSD) foram desenvolvida para o PDP-11.
A versão 4BSD incorporava um grande número de melhoramentos. O principal deles foi o uso da memória virtual e da paginação, permitindo que os programas fossem maiores que a memória física, dividindo-os em páginas que iam e vinham da memória, conforme a necessidade. A ligação em rede de máquinas Unix, outra característica desenvolvida em Berkeley, fez com que o protocolo de rede do BSD, o TCP/IP, se tornasse o padrão com uma utilização muito maior que a dos padrões oficiais, como o OSI.

System V

O pessoal de Berkeley acrescentou vários utilitários ao Unix, tais como um novo editor de texto, um novo shell, compiladores Pascal e Lisp entre outros. Essas modificações fizeram com que vários fabricantes de computadores baseassem suas versões do Unix no Unix de Berkeley, ao invés da versão oficial da AT&T, o System V.
A falta de padronização do Unix, com a divulgação de duas versões incompatíveis e diferente, a 4.3BSD e a System V release 3, além de cada fabricante adicionar seus próprios melhoramentos, levou a um racha no mundo do Unix. Somado ao fato de não haver padrão para o formato dos programas em binário, isso inibiu o sucesso comercial desse sistema.
A primeira tentativa de reconciliar as duas vertentes do Unix começou com o Comitê de Padronização do IEEE. O nome do projeto foi POSIX. Este produziu um padrão chamado 1003.1. A idéia do POSIX era de que o fornecedor de software que escrevesse programas para Unix tivesse certeza de que, se usasse apenas os procedimentos definidos pelo padrão 1003.1, seu programa ia rodar em qualquer sistema Unix aderente ao padrão.
Apesar de o padrão 1003.1 preocupar-se somente com as chamadas de sistemas, outros documentos também produzidos sob a inspiração do comitê tentaram padronizar os programas utilitários, a ligação em rede, e muitas outras características do Unix. A linguagem C também foi padronizada pelo ISO e pela ANSI.
Um grupo de empresas não queria ver a AT&T ditando as regras do Unix e formaram um consórcio OSF (Open Software Foundation), para produzir um sistema que estivesse de acordo com todos os padrões vigentes, não só o IEEE, mas que também continha algumas características adicionais, tais como um sistema de janelas, uma interface gráfica, processamento distribuído e muito mais. Como toda ação tem uma reação, a AT&T constituiu seu próprio consórcio, o UI (Unix International). A versão UI do Unix é baseado no System V.
O resultado dessa concorrência levou a um sem querer, porém "satisfatório" . Pois os usuários estão tão próximos de um padrão quanto estavam antes da iniciativa do IEEE.
Portanto, uma propriedade comum a todos esses sistemas é o fato de eles serem extremamente grandes e complexos, justamente o contrário da ideia original do Unix.

SunOs/ Solaris

Solaris é um Sistema Operacional UNIX desenvolvido pela antiga Sun Microsystems, que é uma subsidiária da Oracle. As primeiras versões do Solaris (baseadas no código do BSD) foram chamadas SunOS, tendo o seu nome alterado para Solaris 2 quando passou a ser baseado no System V.
Solaris é conhecido por sua acessibilidade, especial no sistemas de SPARC, também por dar origem a muitas características inovadoras tais como DTrace e ZFS. Solaris suporta arquiteturas baseadas nos processadores x86 eSPARC, e é um sistema que segue a especificação POSIX. Embora seja desenvolvido historicamente como um software proprietário, a maioria de seu código-fonte hoje em dia está disponível como o sistema OpenSolaris.
Em sua versão 10, lançada no início de 2005, Solaris oferece os seguintes recursos avançados:
DTrace: análise e resolução de problemas de performance, em tempo real;
Solaris Containers: consolidação de aplicações em servidores de maior porte, através da criação de ambientes isolados e independentes;
Predictive Self-Healing: capacidade de antecipar-se à ocorrência de falhas que possam causar paradas críticas, isolando-as e recuperando-se;
Smarter Updating: atualizações automáticas e inteligentes através do Sun Update Connection;
Integrated Open Source Applications: disponibilidade de centenas de aplicações já integradas ao sistema;
ZFS: um novo tipo de sistema de arquivos que provê administração simplificada, semântica transacional, integridade de dados end-to-end e grande escalabilidade.

AIX

Advanced Interactive eXecutive, ou simplesmente AIX, é uma versão da IBM para o sistema operacional Unix que é executado em computadores IBM de médio porte. Ele é um sistema comercial de código fonte fechado baseado no UNIX System V e é muito utilizado em grandes corporações. Antes do produto ser comercializado, o acrônimo AIX era uma abreviação de Advanced IBM UNIX ou, em português, Unix Avançado da IBM.
escalabilidade da última versão do AIX 5L 5.3 suporta acima de 64 unidades de processamento central (CPU) e dois terabytes (TB) de memória de acesso aleatório (RAM). O sistema de arquivos JFS2, a princípio introduzido pela IBM como parte do AIX, suporta arquivos e partições de tamanho superior a 16 TB.

Xenix

O Xenix foi uma versão específica do Sistema Operacional Unix que a Microsoft pretendia usar em microcomputadores. A Microsoft comprou uma licença para utilizar o Unix da AT&T no final de 1979, e em agosto de 1980 anunciou que ele seria disponível para o mercado de microcomputadores de 16-bit, visando ser o seu sistema operacional principal já na versão 1.0.
No início a Microsoft não foi capaz de licenciar o próprio nome “Unix”, pois a mesma licenciou somente o código fonte, já que na época não era tão relevante o licenciamento do nome. Então a Microsoft deu a ele um nome original chamando-o de Xenix.
Com relação a vendas, a Microsoft não vendia o Xenix diretamente ao usuário final, ele licenciava o Xenix e suas integrações com o MS-DOS em formatos OEM’s assim como Intel, Panasonic e outras que também utilizavam o mesmo método na época.
Quando a Microsoft fez um acordo com a IBM para desenvolver o Sistema OS/2, ela perdeu todo seu interesse em promover o Xenix, pois outros caminhos já estavam sendo estrategicamente traçados (projeto do Windows 2.0). E em 1987 a Microsoft vendeu sua licença do Xinix para a Santa Cruz Operation (SCO) que adquiriu os direitos exclusivos do Sistema Operacional Xenix e começou a distribuí-lo com o nome de SCO Xenix. Com esse acordo a Microsoft tornou-se proprietária de 25% da SCO.
No mesmo ano a SCO adaptou o Xenix para processadores Intel 368, já na casa dos 32-bits. O Xenix em sua nova versão 2.3.1 introduziu o suporte a controladores SCSI e protocolos TCP/IP.
Mesmo após ter vendido a licença de seu Unix para a SCO, a Microsoft ainda continuou a usar o Xenix internamente, pois estava desenvolvendo o seu mais novo produto, um software para edição de textos com o simples nome: Microsoft Word for Unix.
Tentando avançar na década seguinte com uma força mais agressiva e melhorias em seu sistema operacional, a SCO em meados de 1989 ramificou o Xinix em SCO Unix e sua última versão foi a 2.3.4.

FreeBSD

O FreeBSD é um sistema operacional livre do tipo Unix descendente do BSD desenvolvido pela Universidade de Berkeley.
Está disponível para as plataformas Intel x86, DEC Alpha, Sparc, PowerPC e PC98 assim como para as arquiteturas baseadas em processadores de 64bits IA-64 e AMD64.
Considerado como robusto e estável, geralmente é utilizado em servidores, como de Internet ou Proxies, mas também pode ser utilizado como estação de trabalho.

OpenBSD

O projeto OpenBSD produz um sistema operacional livre, multiplataforma, do tipo UNIX baseado no 4.4BSD.  Portabilidade, padronização, correção, segurança proativa e criptografia integrada são algumas de suas características.
O OpenBSD está disponível gratuitamente em nossos servidores FTP, e também em um pacote de baixo custo com 3 CDs.
A versão atual para uso em produção é o OpenBSD 5.3 , que foi lançado em 1 de Maio, 2013.
O OpenBSD é desenvolvido inteiramente por voluntários. O projeto paga o ambiente de desenvolvimento e os eventos dos desenvolvedores através de vendas de CDs em diversas lojas e aceitando doações de organizações e indivíduos. Essas finanças garantem que o OpenBSD irá continuar a existir e permanecerá livre para a utilização de todos e para todos os fins. 

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